Doutora (2017), mestre (2012), bacharel e licenciada (2008) em História pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP). Realizou estágios de pós-doutoramento junto ao Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e ao Centre Alexandre Koyré da École des hautes études en sciences sociales (EHESS), além de ter sido acolhida como Pesquisadora Visitante Junior no Exterior (CAPES-PrInt) pela Universidade de Lisboa. É docente do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas (DCPE) da UNESP/campus Marília e do Programa de Pós-Graduação em História da UNESP. Atualmente, é Editora-chefe da Revista História (São Paulo) e tutora do Programa de Educação Tutorial (PET - Relações Internacionais). Coordena o grupo MeSA - Meio ambiente, saúde e alimentação na História, certificado pelo CNPq, é membro da rede DIAITA - Patrimônio Alimentar da Lusofonia, sediada na Universidade de Coimbra e atua como investigadora correspondente do Centro de História (CH) da Universidade de Lisboa, do Centro de Estudos globais (Universidade Aberta - Lisboa) e da Rede Ibero-americana de Investigação em Património Cultural e História da Saúde e da Assistência: estudo, divulgação e valorização (sediada na Universidade de Lisboa). Sua obra 'Pano, pau e pão. Escravos no Brasil colônia' foi premiada na categoria "Ciências Sociais" pela Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU, 2020). Foi contemplada com o 'Prix international d'encouragement aux études postdoctorales "etudes globales" (EHESS, Institut Européen des Sciences de la Culture, Société internationale d'études jésuites, CIDH - 2021). Tem experiência na área de História Moderna, atuando principalmente nos seguintes temas: história do corpo, da medicina e da saúde; história das ciências; escravidão; história da alimentação; história pública. (Fonte: Currículo Lattes)
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A Coroa portuguesa estimulou a presença do clero regular na América a partir de meados do XVI. Inicialmente, este ente assumiu os custos de envio e manutenção dos missionários. Contudo, com o avanço da colonização nos séculos XVII e XVIII, Lisboa resguardou para si o poder de autorizar a entrada e fixação de religiosos no ultramar enquanto delegava para a gente da terra a tarefa de ofere…
Desde o início da expansão marítima inglesa com Elizabeth I, o tabaco foi uma importante commodity, sendo legalmente comercializado com os colonos da Virgínia e Reino de Espanha ou ilegalmente adquirido com os butins de galeões espanhóis. Todavia, nesse período, o tabaco fez-se presente principalmente pelo estabelecimento da cidade de Jamestown, na Virgínia, que logo tornar-se-ia a princi…
Hannah Woolley (1622-1675), uma doméstica inglesa do século XVII, foi uma das pioneiras em publicações de receituários femininos de sua época, alcançando a marca de sete obras relacionadas a ela. Em seus trabalhos, Woolley abordou temas variados, dos quais a saúde física a partir da ligação de ervas e alimentos com tratamentos médicos se destaca. Entre eles, chama a atenção a recorrência …
No século XVIII, no contexto de relativo abandono instalado na cidade de Goa, então capital da chamada Índia portuguesa, os elevados índices de enfermidades e altas taxas de mortalidade entre as populações nativas e os europeus que se fixaram no Oriente português tiveram, entre suas consequências, o aumento da demanda por atenção aos aspectos relativos ao trato dos corpos naquelas paragen…
Na segunda metade do século XVI, sobretudo após a ascensão de Isabel I ao trono inglês, a atividade corsária e o interesse pela expansão ultramarina avolumaram-se no país. Acompanhado dessa expansão, a Inglaterra tornou-se capaz de angariar e ter acesso à commodities antes restritas ou mediadas pelas potências ibéricas, e o tabaco tornar-se-ia uma das mercadorias mais importantes, rapidam…
Na escritura da tese, em curso, o capítulo referente à história do abastecimento dos armarinhos das enfermarias e das despensas dos refeitórios dos conventos franciscanos na América portuguesa meridional focou sobremaneira nas conexões locais entre frades e benfeitores. Nessa perspectiva, apesar da origem reinol de parte dos prelados e da nomeação de capuchos procuradores em Portugal, con…
Durante o século XVIII, era produzido na cidade de Goa o receituário Medicina Oriental (c.1735-1786), escrito, ao que tudo indica, pelo goês Luís Caetano de Meneses. Obra de cunho médico-farmacêutico, esse manuscrito se propunha a difundir entre as populações de Goa informações úteis aos cuidados com a saúde, dedicando-se especialmente àqueles com difícil acesso às formulações estrangeira…
CV Lattes
ORCID