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Avaliação da observação estruturada de consultas filmadas na atenção primária à saúde

Processo: 11/23308-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2012
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2014
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Gustavo Diniz Ferreira Gusso
Beneficiário:Gustavo Diniz Ferreira Gusso
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Medicina geral  Medicina de família e comunidade  Atenção primária à saúde  Centros de saúde  Relações médico-paciente  Gravação em vídeo 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:atenção primária a saúde | Centros de Saúde | Comunicação | Gravação em vídeo | medicina geral | Medicina de Família e Comunidade

Resumo

A relação médico-paciente é um dos pilares da medicina, mas relegada como matéria de investigação científica. Há mais de cinquenta anos, Michael Ballint e outros autores mostraram que essa interação é uma habilidade que pode ser aprendida e, consequentemente deveria ser ensinada. Em faculdades de medicina, o treino da habilidade de comunicação é, em geral, transversal cobrindo diversas disciplinas como "propedêutica" ou "semiologia". Elegemos como temas relevantes a serem ensinados a utilização apropriada do tempo, a contradição entre as prioridades trazidas pelo paciente e aquelas consideradas pelo médico e, principalmente a abordagem centrada na pessoa focando sentimentos, expectativas e medos de cada paciente. O método de abordagem escolhido foi a filmagem da consulta, também chamada "autoscopia". Embora em muitos países esta seja uma atividade obrigatória na graduação médica e programas de residência, no Brasil ainda é incipiente. Metodologia: Serão formados dois grupos de no máximo quinze (quinze) pessoas. Um será de alunos do quarto ou quinto anos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e o outro será de residentes de Medicina de Família e Comunidade da mesma instituição. O curso será optativo para os alunos e residentes nesta fase do projeto e cada turma fará dezoito seções. O aluno terá concluído o curso se tiver realizado no mínimo quinze seções com pelo menos uma consulta filmada e analisada. Há metodologias estudadas para se conduzir tanto o processo de filmagem quanto a avaliação em grupo. A metodologia que este projeto adotará é a Entrevista Baseada em Problemas ou Problem Based Interview (PBI). Todos os integrantes devem se comprometer a trazer as consultas filmadas. Os encontros serão quinzenais e terão duração de duas horas. Cada quinzena um aluno ou residente deve ajudar a coordenar e colaborar para a continência do grupo, embora a responsabilidade seja do docente. Este coordenador discente deve ser o responsável por parar a reprodução sempre que qualquer membro demandar. Muitas vezes os pedidos para parar são realizados com cenas de 15 segundos ou um pouco mais. O coordenador deve assegurar que a pessoa que está sendo avaliada tem o direito de se manifestar primeiro. Estas são as regras básicas do PBI. O coordenador deve direcionar a discussão e fazer perguntas como "o que o paciente parece desejar", "que tipo de emoção o paciente está apresentando", "como o médico está se sentindo neste momento", "o que os demais membros do grupo fariam". O coordenador deve sempre advertir para que os comentários sejam feitos com cuidado e de forma construtiva e, de preferência, sempre os membros devem externar primeiro os pontos positivos. Todos devem se colocar no lugar do profissional filmado e o coordenador pode solicitar uma dramatização para ajudar no "feed back". O objetivo do PBI é ensinar a aproveitar as possibilidades de empatia e os aspectos-chave da comunicação. A análise de uma consulta de 15 minutos pode durar duas horas ou mais e como se para muitas vezes pode-se perder o contexto. Por isso o foco do PBI é mais relacionado a sensibilização diante dos sentimentos do paciente mais do que com o aspecto global da entrevista. Assim, uma vez a cada quatro meses (duas seções do curso) o método PBI poderá ser complementado com o "método de visualização global" quando os comentários só poderão ser realizados depois de se assistir a consulta toda. A escolha da consulta a ser apresentada é livre e, em geral, há possibilidades de discussão surpreendentes em cada consulta. Porém, o foco está nas habilidades de comunicação e deve-se evitar a "psicologização" da consulta (ou a "balintização") sendo esta uma tarefa também do docente. O consentimento livre e esclarecido deve ser obtido rotineiramente com o paciente, de preferência pelo próprio profissional ou aluno que vai ser analisado explicando os objetivos e assegurando absoluta confidencialidade. (AU)

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